Nunca tive medo da vida, sempre procurei passar por coisas
que pudessem me surpreender. Foi assim, em busca de novas aventuras que tive
minha primeira e única experiência com uma mulher em toda a minha vida.
Conheci Anita em uma viagem de intercâmbio que fiz com
alguns amigos da faculdade. Passei alguns meses nos EUA em busca de novas
experiências para minha vida profissional. Não vou negar, sempre tive uma certa
curiosidade nessas relações envolvendo duas mulheres, mas nunca havia me atraído efetivamente por nenhuma.
Era Março de 2010, eu Mariana, tinha apenas 24 anos. Ficamos
hospedados em um apartamento alugado por todas nós. O apartamento era
grande, possuía três quartos e apenas dividíamos a cozinha e banheiro. Nosso
ritmo de trabalho era grande e de estudo também. Comecei a trabalhar em uma
lanchonete próximo ao curso, a fim de pagar algumas despesas extras.
E assim ocorreu normalmente os três primeiros meses. Conheci
muita gente, beijei na boca de muitos e até cheguei a ter algo mais a sério com
um espanhol que fazia curso com a gente, mas ele viajou de volta para o seu
país.
No quarto mês, uma amiga que morava no quarto ao lado teve
que ir embora e como já havia pago as despesas de apartamento e tudo mais, cedeu
os últimos meses para sua prima que havia acabado de terminar a faculdade
também.
Anita chegou sorrateiramente, com olhar sedutor e uma timidez
que era usada apenas para enganar uns e outros. Ela ficou hospedada no quarto ao
lado do meu e acabamos fazendo uma grande amizade. Um dia, ela me convidou a entrar
em seu quarto para assistir um filme. Notei que na sua parede de fotos, haviam
algumas fotos dela com outra linda mulher. Disfarcei e perguntei quem era. Ela
disse na maior naturalidade do mundo que era sua namorada que ela havia deixado
no Brasil. Senti um frio na espinha. Em meu dia-a-dia, só havia conhecido mulheres
homosexuais que mais pareciam homens. Pensava comigo mesma, que se era para se
relacionar assim, com mulheres travestidas de homens, era melhor me relacionar
com homens. Mas Anita era diferente, era linda, morena, corpo escultural e bem
feminina assim como eu.
Depois do filme, fui dormir com meus pensamentos
distantes, tentando assimilar o que havia acabado de saber.
No dia seguinte ela se matriculou no curso e fomos
juntas. Passamos um mês bem próximas, fazíamos compras juntas e tudo
mais. Resolvemos entrar na academia juntas, pois comíamos demais e precisávamos
nos exercitar, mania de brasileiro, neh?!
Anita chamava muita atenção, por onde ela passava arrancava
suspiros e olhares. Nas boates, ela dançava livre, em medo de julgamentos. Ela era
ela mesma.
Com o passar dos dias nossa intimidade aumentava e já
conversávamos sobre assuntos familiares. Íamos para academia de manhã, fazíamos curso a tarde
trabalhávamos a noite. Certa vez na academia, uma das portas do boxe estava quebrada
o que permitia olhar qualquer pessoa tomando banho. Tomei meu banho primeiro e
ao virar rapidamente percebi que ela me olhava indiscretamente. Sem jeito, ela
se virou e continuou a tirar seus tênis. Me enrolei na toalha e saí para trocar
de roupa. Em seguida ela entrou para tomar banho e minha curiosidade era
enorme, quase como um instinto, aproveitei da porta quebrada e a admirei suas
curvas de longe. Ela se ensaboava de forma sedutora e espalhava a espuma que se
formava por todo o seu corpo. Fazia aquilo sem pressa. Notando meu desespero, ela
se virou e me pediu que pegasse o condicionador que estava dentro de sua
mochila. Levei até ela, trêmula e tensa. Estiquei a mão e ela com suas mãos
encharcadas de sabão fez um leve carinho nas minhas ao pegar o condicionador. Nervosa, saí
e disse que a esperava lá fora. A partir daquele dia, aquele desejo ficou dentro
de mim. E ela provocava e sabia como provocar. Na noite seguinte ela foi até meu
quarto apenas de camisola e sentou em minha cama para assistir um seriado. Ficamos
até tarde acordadas e quando ela se levantou para ir dormir, deu um leve beijo
no canto da minha boca e saiu como se nada tivesse acontecido. Meu corpo se
repuxava de desejo. Pensava talvez que pudesse ser algo da minha cabeça, fechei
os olhos e me forcei a dormir.
Anita me provocava cada vez mais, eu já não sabia mais como
agir. Meu receio era de estar entendendo tudo errado e estragar a nossa
amizade, afinal eu nunca havia me interessado por uma mulher e ela tinha
namorada.
Na semana seguinte ficamos sabendo do Brazilian Day que
aconteceria em Nova York. Como estávamos na Florida, iríamos alugar um quarto de
hotel para ir ver os shows. Uma amiga que morava conosco disse que havia
arrumado um pequeno apartamento para ficarmos e que sairia mais em
conta. Poderíamos até ficar por todo o fim de semana. Ela dizia que o único
problema era que o apartamento era bem pequeno e que diferente do nosso esse tinha apenas dois quartos. Dito isso, Anita
se prontificou a dividir o quarto comigo
já que éramos amigas. Sendo assim, ficaríamos eu e Anita em um quarto e as outras
meninas no quarto ao lado.
Eu chegava a enlouquecer apenas de pensar que dividiria uma
cama com ela. Chegamos a Nova York e seguimos direto para o show. Bebemos, dançamos
e curtimos demais. Já era de madrugada e estávamos exaustas da viagem. Anita e eu
resolvemos ir embora, mas as meninas encontraram outros amigos e resolveram
ficar.
No apartamento, jogamos as malas ao chão e arrumamos a cama. Fui
a primeira a tomar banho, pois estava cansada e queria muito deitar. Coloquei meu
simples pijama de short e blusa e me acomodei na cama. Não posso negar, a
sensação de tê-la tão perto me deixava excitada. Alguns minutos depois, ela saiu
do banheiro com uma leve camisola.
Deitou ao meu lado. Eu rapidamente fiquei de costas para
ela, desejei boa noite e fingi estar dormindo. Mesmo tentando disfarçar, eu podia
sentir o calor do corpo dela em minhas costas. Passado alguns minutos, ela me
chamou e perguntou se estava acordada. Fingi uma voz sonolenta e disse que
sim. Ela receosa, perguntou se eu me incomodava dela dormir nua, pois era do
costume dela dormir assim em casa. Eu respirei fundo e disse que não, que ela
ficasse a vontade. Pela sombra da parede, percebi o mover do seu corpo retirando
a camisola e o barulho da camisola caindo ao chão. Gelei dos pés a cabeça, não
sabia o que fazer e como agir. Me mantive quieta na cama sem virar de frente
para ela. Minutos depois senti o seu corpo se remexendo, inquieto na cama. Mesmo
com tamanha curiosidade não me forçava a virar, foi quando senti o vapor de sua
boca se aproximar de meu pescoço. Com uma das mãos ela acariciava meus
cabelos, meu corpo sofria arrepios constantes. Minha excitação aumentava, mas eu
precisava que ela desse o primeiro passo. Alguns segundos depois, talvez os
segundos mais longos da minha vida, senti em sua mão o enrolar de meus cabelos e
um beijo em meu pescoço. Ela beijava e lambia meu pescoço incessantemente. Já
não podia mais controlar meu corpo, já estava louca de prazer e molhada de tanto
desejo. Me mantive paralisada enquanto suas mãos percorriam toda a lateral do
meu corpo. Me virei. Olhei para seu rosto assustado que tentava adivinhar qual
seria a minha reação. Arrastei meu corpo para mais perto e senti o calor dos
seus seios. Não imaginava que um seio pudesse ser tão quente, tão
sedutor. Aproximei meus lábios aos seus e senti o melhor beijo de toda a minha
vida. Nossas bocas se encaixavam perfeitamente. Aquela pele macia a roçar em meu
rosto. Anita me beijava, acariciava, me envolvia. Ela chegou aos meus seios e por
ali ficou se deliciando, lambendo, chupando. Eu só sentia o calor de sua boca e o
leve toque de sua pele.A minha excitação era enorme, quase não conseguia me
controlar. Ela desceu até a minha barriga, retirou o short e deu leves lambidas
em minha intimidade. Ela sabia o que fazer e como fazer.Sua língua percorria
toda ela, em alguns pontos ela chupava e quase que colocava toda a minha
intimidade na boca. Eu já estava em transe quando ela me penetrou, meu gemido
saiu quase que automaticamente, senti minhas pernas relaxarem. Ela me penetrou
com dois dedos e ainda permanecia me lambendo e chupando. Já não aguentava mais
de tanta excitação quando tive meu primeiro orgasmo. Ela se manteve lá beijando
minhas intimidades até que ela se arrastou sobre o meu corpo e me beijou
calorosamente.
Retornou seu corpo para ao meu lado na cama e ficou a me
olhar. Eu ainda estava com as pernas bambas e sem forças, mas queria mais. Peguei
em seus braços e a coloquei m cima de mim com sua intimidade sobre o meu
rosto. Passeei com a minha língua, enquanto ela rebolava sobre ela. Ela fazia
movimentos ora lentos ora rápidos sobre a minha língua. Minhas mãos estavam em
sua perna, arranhando e apertando sua cintura, tentando diminuir os espaços entre
a minha língua e a sua intimidade. Levei uma das mãos no intuito de penetrá-la, mas ela segurou, como quem dizia que não seria necessário. Segundos depois ela chegou
ao orgasmo e senti o seu mel escorrendo pela minha boca. Ela foi diminuindo os
movimentos e depois calmamente voltou ao meu lado da cama. Nos aproximamos e
dormimos quase uma dentro da outra.
Texto: @pequenna_16
Produção a Pequenna se diz hétero é isso. Tá SERTO.
ResponderExcluirCara, matou a pau, mesmo sendo hétero mostrou que quando se tem talento faz tão bem feito que até atiça a imaginação de quem cisma que pra falar de sexo entre mulheres precisa sentir atração pelas mesmas,adoreiiiiiiiiii.
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